sábado, 11 de agosto de 2012

Descobertas e Decepções... (Cap. 53)


- Devo ter jogado pedra na cruz só pode, hã. – bufou Claude.
- Não adianta francês, a Nara faz questão de trazer os resultados dos exames aqui na empresa, daqui a pouco ela já deve está chegando. – respondeu Frazão.
- Non me basta, que da ultima vez que Nara esteve aqui, Rosa ficou me enchendo de perguntas. Ela acha que estou escondendo algo. – disse irritado.
- O que não deixa de ser verdade. – concordou.
- Frazon. – chamou a atenção do amigo.
- Estou mentindo? Até agora você não contou pra Rosa sobre seu filho com Nara.
- Non temos certeza que ele é meu filho, hã.
- Será? Você conhece a Nara Claude, se ela realmente quisesse te dar um golpe não estaria tão cooperativa. – raciocinou com o amigo.
- Mas eu non confio na Nara. – retrucou.
Durante a espera, de a Nara chegar à empresa, ambos não conseguiam se concentrar no trabalho. A ansiedade era tanta que só com a chegada da mesma com os exames ira tranquiliza-los.

Na Sala da Presidência.

- Sim Silvia. – respondeu Rosa ao chamado do telefone.
- Rosa, tem uma ligação de São Paulo para você, é o Dr. Nogueira. – respondeu.
- Dr. Nogueira? Não conheço nenhum Nogueira. – se questionou – Pode passar a ligação Silva.
- Tudo bem.
- Pois não. – respondeu Rosa depois da transferência.
- Rosa? – perguntou o Doutor.
- Sim, sou eu com quem eu falo?
- Aqui é o Dr. Luiz Gustavo Nogueira, a senhora não me conhece mais eu sou o médio do seu patrão o Paulo Henrique. – respondeu com cautela.
- Médico do Paulo? – se perguntou com o susto da informação – O que foi que aconteceu? – logo quis saber.
- Sim, medico do Paulo, acontece Rosa que o Paulo se encontra internado aqui num hospital em São Paulo. - informou
- Internado? – cortou o medico. – O que meu pai tem? Me fala doutor. – entrou em desespero.
- Ele está com princípios de enfarte, e por isso o colocamos em coma induzido para amenizar a situação. – respondeu.
- Princípios de enfarte? – se assustou com a noticia – Ele está em coma?
- Sim, ele está em coma, queremos que a situação dele fique amena até a senhora chegar.
- Até eu chegar?! Mas por que amenizar? Ele não vai melhorar? – tentava entender e ao mesmo tempo segurar o choro na garganta.
- Sinto te informar Rosa, mais a situação do seu pai não é das melhores, quanto antes você chegar aqui é melhor. – advertiu.
- Certo. – respirou fundo – Calma Rosa, calma. – tentou se tranquilizar para não entrar em desespero – Dr. Nogueira eu farei o máximo pra chegar ainda hoje em São Paulo, no máximo amanha de manha estarei ai, por favor, me passe o endereço do hospital. – respirou fundo, pois nesse momento entrar em desespero era a ultima coisa que era preciso, enxugou a lagrima que escorria em sua face, e anotou o endereço. Assim que desligou o telefonema, ligou para a Silvia para pedir que ela comprasse uma passagem para São Paulo com urgência, ainda para aquela manha. Enquanto ela ainda ajeitava algumas coisas na documentação que não podia ser deixada sobre a mesma e sim guardadas. Como havia pedido para a Silvia agilizar a viagem, seria só o momento de chegar ao aeroporto e fazer o che-kin.
- O que será que aconteceu de tão grave que a Rosa, quer que você compre uma passagem para São Paulo as pressas? – perguntou Janete.
- Não sei, só que sei que ela estava nervosa e tentava se controlar pra não entrar em desespero. A Rosa não é disso, alguma coisa realmente grave aconteceu. – respondeu Silvia.
- Novidade na sala do Dr. Claude e do Dr. Frazão também está uma tensão pesada. Eles estão agitados, parece que estão esperando por algo realmente serio.
Nesse momento Nara saiu do elevador e foi ao encontro das duas na recepção.
- Ai lascou. – sussurrou Janete.
- Janete, por favor, avisa ao Claude e ao Frazão que eu estou aqui. – pediu Nara.
- Sim senhora. Só um momento. – e foi informar a presença da Nara na recepção.
- Não vejo a hora de tirar esse peso das minhas costas. – disse Nara.
- Que peso, Dona Nara? – perguntou Nara.
- De provar ao Claude que meu filho é realmente dele, esse exame de DNA é a minha única prova de que não estou mentindo. – respondeu Nara, tranquilamente.
Nesse exato momento Rosa tinha saído da sua sala e ouviu a resposta que Nara tinha dado.
- Me desculpe, mas você e o Claude tem um filho? – perguntou Rosa.
- Sim. – respondeu Nara depois de se recuperar do susto que Rosa lhe havia dado. – O Claude não acreditou que o meu filho é dele e fizemos um teste de DNA pra provar que estou falando a verdade. Está aqui. – tirou o exame da bolsa e mostrou a Rosa.
- Posso ver? – pediu Rosa.
- Sim, por mim não vejo problemas em te mostrar, afinal o Claude deve ter te contado sobre isso. – lhe entregou o exame.
- Sim, me contou. – mentiu para poder pegar o exame. E ao constatar o resultado não pode deixar de se chocar, com a idade da criança e com a data da coleta do sangue. – Fico feliz de que tudo fique resolvido entre você e o Claude. – lhe devolveu o exame – Bom eu tenho uma viagem urgente pra fazer, com licença. – e saiu em direção ao elevador.
Nesse momento Frazão veio buscar a Nara para leva-la até a sala dele e de Claude, ao sair da sala notou que Rosa devolvido um envelope para Nara, notou que seu semblante era serio e que seu olhar continha uma tristeza profunda. Ao se aproximar de Nara percebeu que o envelope em questão era o exame de DNA do filho de Claude.
- Ferrou. – sussurrou.
Tentou correr para o elevador para conversar com a Rosa e a ultima imagem que pode ver da sua Diva, foi sua postura que continuava ereta, com a cabeça levantada, um olhar frio e uma lagrima em sua face, deixando claro que havia descoberto por si mesma, o que Claude tanto lhe escondia.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Preocupações a vista!!! (Cap. 52)


Três Semanas transcorreu sem maiores problemas desde aquela noite de jantar na casa do casal Smith.
Com a viagem do Dr. Pedro Henrique, Rosa assumiu a responsabilidade pelo escritório, ela sentia que havia algo de estranho nessa viagem de urgência que seu patrão teve que fazer, na despedida no aeroporto ela sentiu que Pedro estava nervoso além do normal.
- Pedro você está me escondendo alguma coisa? – havia perguntado.
- Estou não minha filha, apenas é uma viagem de negócios como sempre. –procurou tranqüilizá-la.
- Não esqueça que o senhor me prometeu sempre me contar o que está acontecendo com você, por que isso agora, eu estou te sentido muito nervoso além do normal com essa viagem. – ponderou.
- Não é nada de mais, daqui a pouco estarei de volta e tudo vai voltar ao normal. – nisso uma voz feminina fez a chamada do vôo – Bom deixa eu ir, meu vôo já vai sair, cuida do escritório, qualquer coisa me liga e se precisar de ajuda fale com o Freitas e o Frazão que já instruir os dois pra qualquer eventualidade. – recomendou e acariciou o rosto dela. – Sinto te deixar nesse momento minha filha, mais realmente eu preciso fazer essa viagem. – falou com a voz embargada emoção, pela possibilidade de nunca mais poder vê-la novamente.
- Tudo bem, estarei te esperando e não precisa ficar emocionando. – enxugou o rosto dele – Acho que já falei isso para o senhor, de que o tenho como meu pai, mas nunca tive coragem de te chamar assim, mais hoje me deu uma vontade de te abraçar e te chamar de pai, eu posso? – pediu carinhosamente enquanto acariciava seu rosto.
- Claro. – abriu os braços para recebê-la.
- Eu te amo tanto papai, te adotei no dia em que você manteve a minha proposta de emprego, você me ajudou no momento em que mais precisei, não tenho outro carinho por você se não o de filha, não sei o que seria de mim se você não me desse apoio desse o começo, pai. – confessou em meio ao abraço.
- Foi um prazer para mim recebê-la em minha vida como minha filha, Rosa. E nunca vou me arrepender de ter feito o que fiz. Você foi a maior preciosidade que apareceu na minha vida depois que a minha esposa e meu filho faleceram, e eu e minha esposa tínhamos planos de ter mais um filho, na época em que ela morreu estávamos tentando ter uma menina, foi quando tudo aconteceu. Mais você me apareceu depois e não pude deixar de me apegar a você, minha filha. – lhe contou o segredo que mais lhe machucava, a perda da esposa e do filho ainda criança em um acidente de carro. Depois dessa fatalidade nunca teve interesse em constituir uma nova família, se entregou totalmente a sua empresa, ao trabalho e esqueceu-se da vida pessoal, do amor que havia trancado em seu peito e tudo voltou a se manifestar quando Rosa apareceu em sua vida, reacendendo aquele sentimento e passou a amá-la como a filha que nunca teve a oportunidade de ter.
- Fico feliz de saber que o senhor não resistiu ao meu charme. – sorriu.
- Rosa minha filha, não há como resistir ao seu charme, como seu próprio nome já diz você é uma Rosa, delicada, perfumada e ao mesmo tempo forte pelos espinhos que possui.
- E por causa disso eu quero que o senhor me avise se estiver acontecendo algo entendeu papai. – falou tocando com o dedo indicador no peito dele exatamente em cima do coração dele.
- Sim eu aviso mais nesse momento não há necessidade de preocupação. Ok? – pegou sua mão e deu-lhe um beijo e a colocou contra o peito.
- Ok.
Ao se lembrar dessas palavras Rosa não pode deixar de se emocionar, pois sempre teve muito carinho com o Pedro Henrique e desde que o deixou no aeroporto a caminho de São Paulo não teve muitas noticias dele, pois sempre que o procurava o telefone dava na caixa postal.
E preocupada com ele resolveu procurar mais informações sobre essa viagem.
- Oi Silvia, por favor, tem como você vir aqui na sala da diretoria, por favor? – pediu pelo interfone.
- Sim Rosa, já estou indo. – desligou o telefone e foi ao encontro de Rosa. – Pois não Rosa em que posso ajudá-la? – perguntou após entrar na sala.
- Silvia, por acaso o Dr. Pedro te falou alguma coisa sobre essa viagem que está fazendo? – preocupada.
- Falou não Rosa, ele não me passou nenhuma informação sobre essa viagem, para falar a verdade a única coisa estranha que eu reparei foi que ele me pediu pra comprar a passagem, mas quando eu perguntei qual hotel ele queria que eu fizesse a reserva ele disse que não era necessário. – comentou.
- Foi para São Paulo mais não reservou nenhum hotel, mais que estranho. – pensou – Esse meu pai está me escondendo alguma coisa. – pensou em voz alta.
- Pai? – perguntou sem entender.
- É mais isso agora não vem ao caso. Eu quero é saber o que está acontecendo, já tem três semanas que ele viajou e não deu noticias. Estou muito preocupada com ele. – enquanto pensava no que estava acontecendo com o Pedro Henrique dispensou Silvia para seus serviços e o Freitas advogado do escritório entrou.
- Com licença Rosa. – pediu.
- Sim Freitas, pode entrar. – consentiu.
- Rosa eu gostaria que você assinasse alguns documentos que precisam de sua assinatura, para dar continuidade numa transação que o Pedro Henrique deu entrada. – e entregou um envelope.
- Minha assinatura? – perguntou sem entender – Como assim transação, eu só tenho uma procuração pra assinar documentos referente a projetos do escritório.
- Bom não posso dar mais informações Rosa, simplesmente preciso da sua assinatura me autorizando dar continuidade na transação. – respondeu.
- Posso saber pelo menos do que se trata? – curiosa.
- Se a senhora confia no Pedro Henrique creio que não terá com o que se preocupar.
- Ok eu assino. – retirou os documentos dentro do envelope e leu o que continha mais sem obter maiores informações, assinou e devolveu os documentos no envelope para o Freitas.
- Obrigado. – Freitas agradeceu e se retirou.
Rosa que não era boba, achou estranho toda aquela situação, a viagem repentina do Pedro Henrique, o documento a ser assinado por ela dando uma autorização que ela não sabia pra quê e a falta de ligações do próprio Pedro Henrique.
- O que será que está acontecendo que eu não estou sabendo.

Em São Paulo.
- Acho melhor ligar para a Rosa, Doutor. – opinou a enfermeira que auxiliava no monitoramento dos equipamentos que estavam ligados em Pedro H.
- Eu também acho Karina mais esse meu paciente é turrão e não me autoriza a fazer a ligação. – confessou o Dr. Nogueira, olhando para o amigo que estava sedado na cama de hospital.
- Ele não vai agüentar muito tempo e pelo que você me contou ela não irá te perdoar se ela não ficar sabendo a tempo do que está acontecendo. – ponderou.
- Ok, vou agir como amigo e não como médico, vou ligar para Rosa e informar o que está acontecendo. Pedro Henrique me perdoe meu amigo mas dessa vez você vai ter que aceitar as minhas decisões. Por mais que você não queria que a Rosa lhe veja nessa situação para não preocupá-la, você vai ter que aceitar a preocupação da sua filha como você mesmo falou. – disse para o amigo que estava dormindo.